O Tricô dos Precatórios foi criado pelo Sinapers em dezembro de 2005 como forma de protesto pelo não-pagamento de precatórios no Estado do RS.
É um movimento composto por credoras associadas ao sindicato que, ao tricotar, representam a persistência na luta pelo pagamento de precatórios.
Inicialmente, o grupo reunia-se todas as quartas-feiras, à tarde, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, e cidades do interior, como Cachoeira do Sul e Santa Maria, como forma de sensibilizar a opinião pública para o crescimento da dívida e o descaso do governo.
O movimento cresceu e passou a ser considerado o principal símbolo de protesto pelo pagamento de precatórios não apenas no RS, mas em todo o país.
Em julho de 2007, quando se dirigiam à SP para participar de um evento organizado pela Fiesp, um acidente aéreo com o voo 3054 da TAM vitimou o grupo de tricoteiras que viajavam para representar o sindicato.
Após a tragédia, o grupo se refez e persistiu sua luta pelo pagamento de precatórios.
A partir de 2009, o movimento adquiriu, também, um caráter social através da doação das mantas, cobertores e sapatos de lã tecidos para instituições de caridade do Estado.
Conheça a lenda que deu origem ao movimento.
A lenda conta a história de Penélope, filha de Homero, que aguarda seu esposo Ulisses voltar da guerra. Ulisses é considerado morto e Penélope é pressionada a aceitar um novo casamento. Acreditando ainda ter seu amado de volta, Penélope cria uma estratégia para ganhar tempo. Diz a seu pai que aceitará casar-se novamente quando terminar uma colcha que tecerá para seu enxoval. Como a colcha é tecida de dia e desmanchada à noite, muito tempo se passa e Penélope é recompensada por sua fé e perseverança, com o retorno de seu amado Ulisses para casa.